O Efeito Borboleta

http://www.youtube.com/watch?v=Kdk__G_ETek
Ficha Técnica
Título Original: The Butterfly Effect
Nacionalidade: U.S.A
Género: Ficção científica/drama
Realização: Eric Bress e J. Mackye Gruber
Interpretação: Ashton Kutcher, Melora Walters, Amy Smart, Eric Stoltz
Data: 2004
Duração: 105 minutos
Sinopse: Ashton Kutcher é Evan Treborn, um jovem estudante de Psicologia que teve diversos problemas enquanto criança e adolescente, sofrendo de desmaios e bloqueios de memória. Após o reencontro com o seu amor de infância, Evan descobre que, ao ler o seu diário, consegue enviar a sua consciência adulta para o passado, no seu corpo de criança. Ele altera atitudes e muda completamente o seu destino, o da sua namorada e de amigos. Mas Evan rapidamente descobre que ter o dom de manipular o passado, não significa controlar o futuro.
Abordagem filosófica do filme
O filme Efeito Borboleta apresenta grandes potencialidades de exploração didáctica do problema filosófico do livre arbítrio. A maioria dos conceitos, teses e respectivos argumentos mais importantes, podem ser abordados a partir do filme, possibilitando também, uma avaliação rigorosa das principais objecções às teses estudadas.
Ao responder às perguntas que se seguem, sobre o conteúdo filosófico do filme, devem ter-se presentes os conceitos e teorias que foram apresentadas nas aulas, acerca desta problemática.
Interferência consciente e voluntária do agente, por exercício da vontade, no normal decurso das coisas que, sem essa interferência, seguiriam um caminho distinto.
CONDICIONANTES DA ACÇÃO
São todos os factores que interferem na acção. Podem ser condicionantes físico-biológicas; psicológicas e histórico-culturais.
Possibilidade de escolha e de autodeterminação, acto voluntário, autónomo e independente de qualquer constrangimento e coacção externa ou interna. Capacidade da vontade de optar entre diferentes possibilidades.
Respostas ao problema do livre-arbítrio:
Afirma que tudo o que acontece tem uma causa, ou seja, todos e cada um dos fenómenos estão submetidos às leis naturais de carácter causal. Assim, todos os acontecimentos dependem sucessiva e necessariamente das suas causas, de tal modo que um acontecimento pode ser simultaneamente efeito de uma causa e causa de outro efeito. Se tudo o que fazemos tem uma causa, então, tudo o que fazemos é inevitável, não poderíamos ter feito de outra maneira.
É a corrente que defende a impossibilidade de prever os fenómenos a partir de causas determinantes, introduzindo as noções de acaso e aleatório. Então, se as nossas acções forem mero fruto do acaso ou do aleatório, se forem casuais, então o agente não é responsável.
- COMPATIBILISMO (DETERMINISMO MODERADO)
Declara que, não existindo constrangimentos (constrangimentos físicos, coacção ou compulsão) que o impeçam, todos temos a convicção de que poderíamos ter feito outra coisa se assim o tivéssemos escolhido, o que permite concluir que a vontade humana ainda que determinada, age livremente quando não for obrigada a escolher sob ameaça e que determinismo e liberdade são compatíveis.
Defende, de um modo mais radical, o livre-arbítrio e a responsabilidade do ser humano. Considera-se que a liberdade de escolha nem é causalmente determinada (determinismo), nem é aleatória (indeterminismo). Neste sentido, o agente tem o poder de interferir no curso normal das coisas pela sua capacidade racional e deliberativa.
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